Com Vocês: DJ Bill

Ivana Andrade

Por trás das pick-ups desponta uma sensação única na criação de sons que causam euforia na plateia. Ser DJ é comandar a velocidade, o tom, a equalização, aplicar efeitos e, acima de tudo, propiciar uma vibe positiva aos expectadores. Esta experiência tem sido vivenciada, há quatro anos, pelo DJ Bill, no auge dos seus 16 anos de idade. O jovem belo-horizontino é a sensação nas pistas por onda passa, graças ao seu talento fruto de muitos estudos sobre música, equipamentos e prática para tocar o que o público quer ouvir, o chamado “Feeling”.

“Nas minhas primeiras apresentações, apesar de eu sentir muita vergonha, eu sempre tive uma percepção muito boa sobre o que o público gosta. Isso é uma coisa que eu mantenho hoje, inclusive, só que bem mais solto nos palcos”, diz.

Em meio ao universo da música eletrônica, com suas várias divisões, o DJ Bill toca mais tech house, afro house e o melodic house. “Mas, eu nunca me limito a nenhum gênero e sempre me adapto a qualquer ocasião”, explica. Ele acrescenta que é inspirado por artistas como Kvsh e Vintage Culture, que é sua maior referência. Fora da música eletrônica curte a banda Lagum.

De 2021 até o momento, a experiência mais marcante para Bill foi se apresentar no Festival Pandora, em julho deste ano, no Mineirão, na capital mineira. “A minha participação se deu por meio de um concurso com votos populares. Foi aí que eu percebi a força que minha carreira está se tomando, pois toquei ao lado de grandes nomes da música eletrônica nacional.”

Segundo o DJ, a participação no Festival Pandora foi a confirmação de que está no caminho certo. “Ver a galera curtindo meu som foi uma loucura! Mesmo eu tendo, apenas, 16 anos, tive ainda mais a certeza do que eu amo e do que eu faço”, ressaltou. Sua carreira conta com grande incentivo, a dos próprios pais Leonardo e Roberta Ramalho.

No dia a dia, Bill se dedica à música, mas também leva a parte do conhecimento a sério. O DJ, que acaba de passar para o terceiro ano do ensino médio, tem uma rotina agitada durante a semana. Estuda de manhã e à tarde na escola e, à noite, o compromisso é com estudos musicais. Há mais de um ano e meio, ele toca, praticamente, todo final de semana. “Minhas apresentações são de noite e, até, de madrugada. Para recuperar o sono, eu durmo um pouco a mais durante o dia. O tempo que sobra dedico à família e aos amigos.”

Trabalho autoral

Com apenas quatro anos de trajetória artística, o DJ, que também é produtor, já lançou quatro músicas autorais nas plataformas digitais. Os hits são: “Close to me”, “Wasting my time”, “Mayback”, todas em inglês, além de “Toma”, em português de feita em parceria com Nelmera e MC Th. As canções saíram do forno em 2023. 

No momento, o artista trabalha várias músicas ao mesmo tempo. Sobre perspectivas para 2024, o foco é atuar na produção musical. “Além disso, quero ter uma frequência maior de lançamentos em gravadoras maiores. O público pode esperar muita coisa boa.”

História

A descoberta e interesse pela música eletrônica aconteceu quando tinha 12 anos. Á época, o DJ Fernando Weekend, que é amigo de seu pai, foi tocar na festa de Réveillon de sua família e que foi feita em sua casa. “Ele me deixou mexer um pouco no equipamento dele para saber como funcionava. Isso despertou em mim um interesse imenso em saber como era essa profissão de DJ”.

A partir desse encontro, o foco foi aprofundar mais sobre a profissão. Então, depois de um tempo, comprou o primeiro equipamento e fez curso de discotecagem. “Contei até com ajuda financeira dos amigos. Aí aprendi a ser DJ de verdade”.