Página PrincipalA Revista Cadernos NEWS 5 coisas que você provavelmente não sabe sobre Contagem
Contagem é uma das maiores cidades de Minas Gerais. Segundo o último censo demográfico, sua população, mais de 643 mil habitantes, só não é maior que as de Uberlândia e Belo Horizonte. A cidade ganhou fama após se consolidar como um dos maiores parques industriais do país, entre os anos 50 e 70. Entretanto,o municipio vai muito alem disso. Veja abaixo cinco coisas que é provável que você não saiba sobre ele:
1- Contagem já pertenceu a Sabará e a Esmeraldas
Isso mesmo. Apesar de hoje ser maior em população que as duas cidades e, praticamente, independente delas no plano econômico, Contagem já foi parte de ambas.
Durante os anos finais do Ciclo do Ouro, no século XVIII, o lugar onde hoje se situa Contagem fazia parte de Sabará, na época, um dos polos de extração aurífera do estado. Assim foi até que, no início do século XX, passou a integrar o recém criado distrito de Santa Quitéria, que hoje se chama Esmeraldas. Esse distrito compreendia uma região que ia das proximidades de Sete Lagoas até o lugar onde hoje é a divisa entre Ibirité, Betim Brumadinho. Em pouco tempo, em 1911, porém, foi emancipada e elevada à categoria de vila, para em 1912, ser oficialmente declarada como cidade. Vale ressaltar que, para a comemoração do aniversário de Contagem, é considerada a data em que ela se tornou vila, 30 de agosto de 1911.
2- Não se fazia contagem de abóboras na cidade
O nome “Contagem” diz respeito ao posto de registro que havia no arraial. Lá eram contados bois, ouro, etc. Tudo menos abóbora. O problema é que esse registro foi instalado na propriedade do capitão João de Sousa Souto Maior, às margens de um antigo ribeirão que existia ali, conhecido como Ribeirão das Abóboras. Assim, ele ficou conhecido como Registro das Abóboras ou Contagem das Abóboras.
Séculos depois, muitas lendas apareceram pra explicar o curioso apelido. Algumas davam conta de que houve, em algum momento, uma importante familia cujo sobrenome “Abóbora” ou “Abóboda” foi legado à cidade. Outras creditam a alcunha a vastas plantações de abóboras que supostamente teriam ocupado boa parte das terras que hoje formam Contagem.
3- A comunidade dos arturos não é um remanescente de quilombo
Ao contrário do que muita gente pensa, a famosa comunidade dos Arturos não é um remanescente de quilombo. Na verdade, a comunidade surgiu na propriedade de um filho de escravos, liberto graças à Lei do Ventre Livre, cujo nome era Artur Camilo Silvério.
No início do século XX, Artur e seus filhos, sairam da região da Mata do Macuco(Esmeraldas) para adquirir uma propriedade conhecida como Domingos Pereira, situada próxima a onde hoje fica o centro de Contagem. Com o passar do tempo a familia foi crescendo e se distribuindo pelo enorme sítio. Sempre preservando as tradições dos escravos negros, ela passou a chamar a atenção pela peculiaridade das festas, costumes e cantos e ganhou o apelido de “Os Artur”, em referência ao nome de seu líder e fundador. Arturos, portanto, é uma corruptela do nome Artur.
4- O mais famoso cartão postal da cidade tem uma história indigesta
As quatro torres que ficam no estacionamento do Itau Power Shopping são, talvez, o cartão postal mais conhecido da cidade são uma lembrança da fábrica mais poluente que Contagem já teve.
A torres, que têm em média 60 m de altura, pertenciam à fábrica de cimentos Itau Portland, que se instalou na cidade na década de 40. Durante seu funcionamento, a fábrica se consolidou como a maior do estado no segmento e chegou até a ter um cinema e uma galeria, onde eram expostos trabalhos produzidos pelos funcionários. Contudo, as constantes reclamaçÕes da população da cidade, que sofria com os altos índices de poluição causados pela liberação de gases tóxicos naquelas chaminés, fez com que a fábrica fechasse em 1973.
As torres, contudo, foram preservadas e em 1998 foram tombadas e integradas ao terreno onde poucos anos depois foi erguido o complexo comercial do Itau Power Shopping.
5- Há cercas, casas e até fazendas inteiras no fundo da Várzea das Flores
A represa Várzea das lores foi construída na década de 60, por iniciativa do municipio de Contagem, que não tinha um sistema eficiente de distribuição de água. Para acelerar e facilitar o processo, foi feita uma parceria com a cidade de Betim, pois parte da área da represa, bem como o rio que seria represado, ficaria lá.
A região inundada entre as duas cidades era constituída por fazendas, sítios, chácaras etc. que não foram completamente removidas de lá. Se fosse possível ver o fundo da lagoa seria como fazer uma observação de um bairro rural pelo Google Maps, com todas as suas casas, cercas e pastagens. Há relatos de mergulhadores que se arriscaram um pouco mais e acabaram se afogando presos em alguma cerca ou tábua de janela. Assustador, não?
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